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Banco Central fortalece a segurança nas transações de Pix com novas medidas

Essas medidas são importantes devido ao crescimento do número de fraudes e golpes que têm acontecido no último ano

October 15, 2025tempo de Leitura: 3 min

O Banco Central tem desenvolvido mecanismos de proteção para as transações de Pix, iniciando as suas implementações nos meses de outubro e novembro.

Confira a seguir alguns dados sobre golpes e fraudes via Pix, que tem acontecido e as funcionalidades de proteção para evitar estas ocorrências e também para ajudar a solucioná-las.


Golpes via Pix afetam milhões de brasileiros

Segundo um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Datafolha, entre julho de 2024 e junho de 2025, cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes financeiros envolvendo Pix ou boletos bancários, resultando em um prejuízo estimado em quase R$ 29 bilhões.

Do total de entrevistados, 14% responderam que caíram em golpes virtuais via Pix ou boletos bancários, 4% a mais do que no levantamento de 2023-2024, quando o número chegou a 10%.

Diante deste cenário, o Banco Central está implementando novas funcionalidades para reforçar a segurança do Pix. Saiba quais são as principais a seguir.


Bloqueio das Chaves Pix

Desde o dia 4 deste mês de outubro, o Banco Central criou uma medida protetiva para bloquear chaves Pix apontadas como suspeitas de terem sido usadas para fraudes e golpes. Para isso, o cliente informa ao seu Banco/Instituição Financeira sobre uma chave Pix suspeita através do MED (Mecanismo Especial de Devolução) e após o aceite do Banco/Instituição Financeira a chave Pix é automaticamente bloqueada, evitando assim que sejam realizadas novas fraudes e golpes.

Além disso, o Banco/Instituição Financeira também pode aproveitar os dados CPF/CNPJ que tiveram uma solicitação de MED como suspeitos, para desta maneira poder rejeitar o pedido de registro de novas chaves PIX desses usuários.


Botão de Contestação

Desde o dia 1º de outubro, os Banco/Instituições Financeiras devem oferecer em seus aplicativos o Botão de Contestação de transações de Pix.

Esta é uma evolução do Mecanismo Especial de Devolução (MED), que já existe desde 2021, criado para ressarcir vítimas de fraudes e de golpes no Pix, mas agora o seu funcionamento é 100% digital dentro dos aplicativos.

Os Bancos/Instituições Financeiras têm o prazo de até 7 dias para analisar o pedido de contestação, e, caso seja identificada fraude ou golpe, devem efetuar a devolução dos valores em até 11 dias após a contestação.


Rastreamento de Recursos

A partir de 23 de novembro, entra em vigor o mecanismo de Rastreamento de Recursos do Pix, desenvolvido pelo Banco Central. Seu objetivo é permitir que as Instituições Financeiras sigam o caminho do dinheiro transacionado via Pix.

Com essa nova funcionalidade, será possível recuperar valores das contas utilizadas nos golpes e também de outras contas para as quais o dinheiro tenha sido transferido.

As informações de rastreamento serão compartilhadas pelo Banco Central com todos os Bancos/Instituições Financeiras quando necessário, permitindo o bloqueio de valores transacionados via Pix. Neste caso, os Bancos/Instituições Financeiras também devem devolver os valores aos usuários lesados em até 11 dias após a contestação.

Esta funcionalidade será obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.

Todas essas implementações são muito positivas para melhorar este cenário de tantas ocorrências de fraudes e golpes, e assim evitar as ocorrências e solucioná-las quando possível, trazendo mais segurança para os usuários em suas transações de Pix.

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