Debêntures, Notas Comerciais e FIDCs aquecem o Mercado de Crédito Privado nos 8 primeiros meses de 2024
Dados mais recentes da Anbima mostram que o Mercado de Crédito Privado teve bons resultados no período de janeiro a agosto de 2024, trazendo oportunidades para os investidores.
Captação recorde entre janeiro e agosto de 2024
De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), entre janeiro e agosto deste ano, as empresas captaram R$ 484,2 bilhões no Mercado de Capitais, valor considerado recorde, sendo o maior patamar alcançado neste mesmo intervalo de tempo desde 2012.
O valor acumulado nos 8 primeiros meses do ano supera o montante contabilizado em todo o ano de 2023, que foi de R$ 467,3 bilhões.
Além disso, só em agosto de 2024, as ofertas no Mercado de Capitais somaram R$ 47,3 bilhões, volume 30,7% maior que o registrado em agosto de 2023.
Segundo o Presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, os vários recordes de captação que têm sido batidos este ano se devem às condições favoráveis do Mercado de Capitais; à liquidez no mercado secundário, que é o ambiente onde os investidores negociam os ativos entre si, sem envolvimento das entidades que os emitiram; e também à evolução contínua da regulação.
O desempenho positivo do Mercado de Capitais nos oito primeiros meses do ano foi puxado pelos investimentos em renda fixa, com destaque para as Debêntures, as Notas Comerciais e os FIDCs. Confira a seguir!
Debêntures e Notas Comerciais
Só em agosto deste ano, as emissões de Debêntures totalizaram R$ 27,1 bilhões, um aumento expressivo de 38,9% em comparação com agosto de 2023, quando o total foi de R$ 19,4 bilhões. Este excelente resultado contribuiu para que o acumulado do ano, considerando o período de janeiro a agosto de 2024, relativo às captações através de Debêntures chegasse a R$ 283,9 bilhões, montante também considerado recorde.
As Notas Comerciais também foram destaque. No mesmo mês, as emissões com este produto alcançaram a marca de R$ 7,1 bilhões, considerado o melhor resultado para este período desde 2018 e um crescimento notável de mais de 741% em relação a agosto de 2023, quando a captação totalizou R$ 838 milhões. Entre janeiro e agosto de 2024, foram levantados através das Notas Comerciais R$ 31,4 bilhões, valor que superou o volume arrecadado com este produto em todo o ano de 2023, que foi de R$ 28,7 bilhões.
Securitização: Destaque para os FIDCs
Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) foram o carro-chefe entre os produtos de securitização. Em agosto de 2024, totalizaram R$ 4,5 bilhões, o que representou um crescimento notável de 187,9% em relação ao volume registrado em agosto de 2023, quando alcançou R$ 1,5 bilhão. Considerando o período de janeiro a agosto deste ano, o valor captado com os FIDCs chegou a R$ 43,3 bilhões, volume que supera o registrado em todo o ano de 2023, que chegou a R$ 41,5 bilhões.
Entre os demais produtos de securitização, os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram aproximadamente R$ 1,6 bilhão em agosto, com pequena queda de 4,5% em relação ao mesmo mês de 2023, que foi de R$ 1,66 bilhão. Ainda assim, no acumulado de janeiro a agosto deste ano, os CRAs registraram R$ 27 bilhões.
Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) chegaram a R$ 4,2 bilhões em agosto. Embora tenham tido redução em relação ao mesmo mês de 2023, o valor acumulado entre janeiro e agosto deste ano foi de R$ 39 bilhões, o maior já registrado nesse mesmo período.
Os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) atingiram R$ 2,6 bilhões em agosto, com queda de 23.5% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando chegaram a R$ 3,3 bilhões. Mas, no acumulado de janeiro a agosto deste ano, os FIIs totalizaram R$ 34,7 bilhões, valor 14,8% maior que o alcançado em todo o ano de 2023, que, em números absolutos, representou R$ 30,2 bilhões.
Mercado de Crédito Privado aquecido
Os dados da Anbima demonstram que o Mercado de Crédito Privado, puxado pelas Debêntures, Notas Comerciais e FIDCs, está aquecido no Brasil, pois, por parte das empresas, há demanda por recursos para financiar suas operações e, por parte das Instituições Financeiras, há interesse em conceder esse crédito.
A tendência é que, até o final de 2024, os investimentos em renda fixa fiquem ainda mais atraentes, porque a remuneração é baseada em juros e a taxa básica de juros do país, a Selic, deve se manter em alta nos próximos meses.
De acordo com o Boletim Focus, publicado pelo Banco Central no dia 16/09, a projeção para a Taxa Selic em 2024 ficou em 11,25% e mais duas altas são esperadas para novembro e dezembro.
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